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Variados

Tecnologia – Perspectivas para o Futuro da Advocacia

By 20/05/2020One Comment

Tudo à nossa volta está em constante mudança, e é necessário estar preparado profissionalmente para se adaptar conforme isto ocorre. Pensando nisso, serão abordadas em três tópicos diferentes as análises realizadas por nosso sócio Felipe Fujii sobre as perspectivas para o futuro da advocacia, que ocorreram em colóquio organizado pela Associação dos Bacharéis da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 12/09/2019, agora revisadas, atualizadas e a cada dia mais necessárias.

A tecnologia não só está presente em nossas vidas cotidianas, mas também nas novas formas de se prestar serviços. Na advocacia não poderia ser diferente, se buscarmos as grandes revoluções tecnológicas na atividade do advogado moderno, podemos perceber que estas mudanças estão cada vez mais ágeis, desde a transição do mimeógrafo à máquina fotocopiadora, do papel para a máquina de escrever e do computador para o uso integrado com a internet.

A questão que traz a sensação de urgência ao assunto é que o espaço de tempo entre estas revoluções aconteciam em um intervalo de aproximadamente vinte ou trinta anos (basta lembrar quanto tempo demorou para substituirmos o mimeógrafo e passarmos a ter fotocópias em escala) e, hoje em dia, a cada ano desenvolvemos a tecnologia exponencialmente, de forma que os sistemas e máquinas se tornam obsoletas se comparadas há 3 anos atrás. Trabalhando as perspectivas para o futuro da advocacia numa projeção de 50 anos, podemos sequer conceber as implicações que estas terão para a profissão, portanto, é melhor focarmos em tecnologias emergentes, ou seja, que já existem e estão em desenvolvimento.

A inteligência artificial é um exponencial que já possui, inclusive no Brasil, softwares de assistência para advogados que são capazes de aprender e buscar informações na rede para auxílio na tomada de decisões com velocidade e precisão. Extrapolando essa situação, não é difícil imaginar que com a velocidade do avanço tecnológico anteriormente mencionado esses softwares serão capazes de encontrar soluções personalizadas por demanda e com precisão provavelmente maior que a humana em questão de segundos.

Em se tratando de Softwares, hoje já é possível encontrá-los para produção de peças, inclusive com concordância verbal e humanização da escrita, mais uma vez com maior precisão e muito mais velozes do que humanos (a diferença é de dias para os humanos e minutos para a máquina), porém, ainda não totalmente dedicados a petições mais complexas, o que deve ser resolvido nas próximas décadas. Isso ocorre porque muito da atividade jurídica é na verdade repetitivo, sendo apenas alguns pormenores aptos a alteração.

Para alguns que possam estar temerários com estas informações, estas não implicam que o Direito vai acabar, ou que a profissão chegará ao seu fim, porém, significa que a profissão será alterada na forma em que atuamos. A inteligência artificial e os softwares suprirão de forma mais ágil, eficiente e precisa o trabalho de paralegais e a confecção de documentos simples, como contratos que bastem apenas a inserção de dados. Outro aspecto que dificilmente será substituído é a relação humana da advocacia, ou seja, o atendimento ao cliente a compreensão e a empatia pela “dor” deste – ainda – não poderão ser substituídas.

Felipe Mora Fujii
Ávila Ribeiro e Fujii Sociedade de Advogados
contato@avilaribeiroefujii.com

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