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Variados

Ensino – Perspectivas para o Futuro da Advocacia

By 03/06/2020No Comments

Tudo à nossa volta está em constante mudança, e é necessário estar preparado profissionalmente para se adaptar conforme isto ocorre. Pensando nisso, serão abordadas em três tópicos diferentes as análises realizadas por nosso sócio Felipe Fujii sobre as perspectivas para o futuro da advocacia, que ocorreram em colóquio organizado pela Associação dos Bacharéis da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 12/09/2019, agora revisadas, atualizadas e a cada dia mais necessárias.

Em razão de todo exposto nas duas publicações anteriores, o novo perfil do consumidor, velocidade do avanço tecnológico e da inflação de profissionais do mercado, as Universidades do mundo todo se preocupam com a forma em que se graduam seus alunos.

O atual sistema de ensino foi concebido em uma época em que, caso não fossem decoradas as informações de livros, compêndios e enciclopédias nunca mais o indivíduo receberia novamente esta informação, ou seria esta difícil de se consultar.

Em um mundo onde quase todas as respostas estão em qualquer dispositivo com acesso a internet, seriam estas as competências necessárias para o desenvolvimento do profissional que ingressará no mercado? Muito se é discutido em relação ao intermédio entre o currículo acadêmico e as habilidades do aluno (comunicação, trabalho em equipe, dialética, oratória, etc.), porém, poucas escolas estão sendo capazes ou tendo sucesso em preparar o novo jovem – agora munido de informação – para sua carreira.

Pensando no ensino jurídico, o desafio não é diferente, é necessária a reflexão de atualizar a maneira como ensinamos os operadores do Direito, uma vez que há um grande volume de informação, legislação, jurisprudências e teses disponibilizadas online. Entretanto, a grande maioria dos advogados entra no mercado de trabalho com pouquíssimo conhecimento prático do dia-a-dia da profissão, que torna teses simples em um complexo organograma burocrático e procedimental quando de sua execução.

Em razão de todas as mudanças que permanecerão ocorrendo, é necessário que o advogado não somente entenda a necessidade de ser um bom profissional no Direito, ou seja, no operacional de seu escritório, mas que tenha subsídios para se manter e se fortalecer no mercado, aprendendo as esferas administrativas e estratégicas de seu negócio. Com um mercado inflado e em desenvolvimento, o empreendedorismo jurídico pode ser a saída para melhorar o nível do serviço advocatício, aumentar a concorrência em razão da competitividade, permitir que surjam novos escritórios consolidados e até mesmo melhorar a gestão (de processos, projetos e pessoas) no cargo em que um funcionário público ocupará (excluídos nestas afirmações os que seguirão para carreira acadêmica). As universidades, portanto, deveriam inserir em seu conteúdo programático uma matéria de empreendedorismo consolidada, de forma específica e não generalista, para que não vejamos mais situações como carros de escritório adesivados e advogados pedindo emprego no semáforo.

Felipe Mora Fujii
Ávila Ribeiro e Fujii Sociedade de Advogados
contato@avilaribeiroefujii.com

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